Na terceira Cúpula de IA dos últimos dois anos, Reino Unido e Estados Unidos não assinaram o documento final que pedia uma inteligência artificial ética, segura e sustentável.
Na semana passada, líderes mundiais se reuniram em Paris, na França, para discutir desafios e aplicações da inteligência artificial (IA). Representantes de 100 países e diretores das maiores empresas do setor participaram do evento. Ao fim da terceira Cúpula de IA, o Reino Unido e os Estados Unidos não assinaram a declaração final.
Como foi a Cúpula de IA?
A reunião tinha como objetivo alcançar um consenso em uma declaração de princípios sobre a inteligência artificial, visando maximizar seus benefícios enquanto minimizam os potenciais danos.
Emmanuel Macron, presidente da França e anfitrião do evento, afirmou que o desafio é “abraçar transformações tecnológicas formidáveis (…) e fazê-lo ao mesmo tempo em benefício de toda a humanidade”.
“Embora o potencial positivo da IA seja simplesmente extraordinário, há muitos pontos que não podemos ignorar”, acrescentou o Narendra Modi, primeiro-ministro indiano. A Índia foi uma das patrocinadoras do encontro, pois é uma das referências em tecnologia
A União Europeia também aproveitou o evento para anunciar um investimento de 200 bilhões de euros em inteligência artificial, como resposta à liderança americana e chinesa no setor.
A declaração final da Cúpula de IA pedia, em resumo, uma inteligência artificial ética, segura e sustentável.
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Por que Reino Unido e EUA não assinaram documento sobre inteligência artificial?
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Os britânicos argumentaram falta de clareza no texto. Já os americanos, representados pelo vice-presidente americano, J.D. Vance, criticaram o que chamam de “regulamentação excessiva”, ressaltando a importância de “incentivar a inovação, não reprimi-la”. O vice-presidente dos Estados Unidos não participou da foto de encerramento do evento.
Elon Musk tentou comprar o ChatGPT?
Na segunda-feira (10), ainda durante a Cúpula de IA, um grupo de investidores liderados por Elon Musk, dono da rede social X e chefe do Departamento de Eficiência Governamental dos Estados Unidos, fez uma proposta de 97,4 bilhões de dólares para adquirir a OpenAI, criadora do ChatGPT.
Durante o evento, o CEO da empresa, Sam Altman, respondeu com ironia afirmando que a OpenAI não está à venda e que a tentativa de compra foi “ridícula”.
Na sexta-feira (14), o conselho da OpenAI rejeitou por unanimidade a oferta de Elon Musk. “A OpenAI não está à venda, e o conselho rejeitou, por unanimidade, a última tentativa do sr. Musk de perturbar sua concorrência”, disse Bret Taylor, presidente da OpenAI, em comunicado oficial.