A semeadura de nuvens, técnica já utilizada desde 1990, será aprimorada com o uso de inteligência artificial
Emirados Árabes Unidos, território coberto por desertos, apostam em sistemas de inteligência artificial (IA) para aumentar as chuvas no país. A ideia é aprimorar a semeadura de nuvens que usa aeronaves para jogar sal e outros produtos químicos nas nuvens para aumentar as precipitações. O projeto foi apresentado no Fórum Internacional de Elevação Pluviométrica no mês passado.
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Como funciona o uso da IA para criar chuva?
Com esse novo plano, a intenção é criar um algoritmo para prever a formação de nuvens semeadas com seis horas de antecedência. Já que só um tipo específico de nuvem pode ser semeada, e caso, não for feita da maneira certa, pode ter efeito contrário.
Segundo Luca Delle Monache, especialista da Universidade da Califórnia, o novo sistema de IA “está quase pronto”.

Atualmente, especialistas em satélites dirigem centenas de voos de semeadura de nuvens que decolam todos os anos nos Emirados Árabes. Assim, aumenta o tamanho das gotículas das nuvens e, consequentemente, eleva a precipitação em 10 a 15%.
Desde sua introdução na década de 1990, as missões de semeaduras de nuvens são realizadas por mais de 1000 horas anualmente.
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Quais os possíveis riscos?
Em abril de 2024, Dubaí, um dos sete emirados que integram os Emirados Árabes Unidos, registrou 254 milímetros de chuva, volume equivalente a dois anos de precipitação para a região.
Pedaços do território sofreram com inundações e, segundo a Associated Press, a causa pode ter sido uma “semeadura de nuvens” mal calculada, já que, foram vistos seis ou sete voos de “semeadura de chuvas” antes das tempestades.
No entanto, o Centro Nacional de Meteorologia dos Emirados Árabes Unidos negou que as tempestades tenham sido causadas por uma modificação climática.