Pesquisa feita pelo The Guardian mostra que, apesar das pressões, o movimento anti-vacina no Facebook ainda cresce
O Facebook vem enfrentando pressão tanto da população como dos governos em relação ao compartilhamento de fake news e discursos de ódio em sua plataforma. Em meio a todas essas demandas, o The Guardian fez uma pesquisa relacionando o movimento anti-vacina e o Facebook.
A partir da busca e análise de palavras-chave dos termos associados com campanhas anti-vacina, o jornal inglês selecionou páginas responsáveis pelo compartilhamento de desinformação.
A descoberta foi de que publicações que expressam hostilidade ou descrença em relação às vacinas aumentaram suas interações de 12.000 para 42.000. Em apenas um mês, as páginas conseguiram triplicar o seu alcance dentro da população.
As fake news envolviam afirmar que as máscaras contra o novo ativam a ação do novo coronavírus, acusar a vacina de ser um controle populacional e a crença de que a pandemia foi orquestrada pela Organização Mundial de Saúde.
Facebook, movimentos anti-vacina e a sociedade
A rede social de Mark Zuckerberg tem sido muito criticada por conta da sua ineficiência em barrar discursos perigosos para a saúde pública ou, como alguns acusam, a própria democracia em si.
Funcionários do Facebook afirmam que publicações como essa são penalizadas e a remoção é aplicada naquelas que apresentam um risco real à saúde física dos indivíduos. As punições consistem em reduzir a visibilidade dessas publicações ao não recomendá-las e deixando-as em último no feed de notícias.
A pesquisa revelada pelo The Guardian mostra que os esforços do Facebook não estão apenas sendo ineficazes para diminuir as fake news: Eles não conseguem nem retardar o seu crescimento.
A defesa fornecida pela rede social americana é de que essa pesquisa foi conduzida com uma amostragem muito pequena para ter algum valor substancial.
Muitos acreditam que é necessário a tomada de medidas mais drásticas, ainda mais com eleições importantes se aproximando em diversos país e a eleição presidencial para acontecer nos Estados Unidos.
Pressão popular e Stop Hate for Profit
Uma parcela da população vem tentado forçar o Facebook a tomar medidas mais sérias em relação à difusão de fake news e discursos de ódio.
Enquanto o Facebook tomou algumas medidas, muitos dizem que não é o suficiente e que a rede social não está realmente tentando reverter essa situação pois obtém lucro dela.
Durante a semana do dia 14 de setembro, diversos artistas desativaram suas contas no Facebook e Instagram como forma de reforçar o movimento Stop Hate for Profit, em tradução livre, pare de lucrar com o ódio.
Algumas das celebridades foram Kim Kardashian, com 188 milhões de seguidores, Ashton Kutcher, Katy Perry, Selena Gomez, Jennifer Aniston, entre outras.
O movimento busca pressionar ainda mais o Facebook para que não lucre mais sediando espaços publicitário para movimentos extremista, além de exigir medidas realmente úteis contra a disseminação de Fake News.
Via: The Guardian
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